segunda-feira, 23 de março de 2009

DESARVORANDO

A passagem
do silêncio à palavra
é estrada de laranjas e musgo

sob o impacto, sob o susto
de um incesto
entre os insetos e o fruto.

Andam meus poros a despedir-se do luto
Anda meu corpo a vibrar em uníssono
a esgueirar-se infinito
por esses caules
de uma imensa mangueira.

Incandescente é a paz que me molha a fronte.
Entre deus e o homem não há fronteiras
.

4 comentários:

🌎 disse...

Lindo!

🌎 disse...

entre no emunctorio e ouça OLAVO no true outspeak ( tem um ataçho lá, é só clicar play) dessa semana e ouvirá alí pelo meio da aula algo que bate com esse poema.

Servio Tulio disse...

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

🌎 disse...

pq incesto do inseto e do fruto?