
Trabalhamos, nos divertimos e, às vezes, pra descançar o cérebro, assistimos tv. Acreditamos que assim se pode descansar. No entanto, o que é surpreendente, é que as vezes a tv passa um daqueles filmes, como dizer?, românticos, que renovam nossa esperança na vida. Apesar de ter acabado de ver SOB O SOL DE TOSCANA na Globo, apesar da personagem mais caricatural do filme se parecer com a Lazulli e apesar da protagonista lutar contra a tristeza tal como minha irmã, sou obrigado a reconhecer que - as vezes - as coisas dão certo e caminham bem, contrariando toda a expectativa que a gente vinha depositando sobre a vida.
Eu, que só esperava que as coisas jamais dessem certo, eu que jamais esperava que pudesse viver um amor sincero e legítimo, me pego agora contrariado por um filme todo clichê - e me vejo. Me vejo como uma flecha cortando a escuridão do universo num rumo que jamais havia julgado certeiro - e me deparo com você. Vejo você. E vejo você me vendo.
Isto me liberta. Sabe lá do quê. Talvez desse cansaço ancestral, dessa tristeza e desse pessimismo que vamos nutrindo ao longo da vida e que o destino - as vezes - contraria e transforma. Você me transforma. Você me renova e, como um flecha, passo a achar que vale a pena acertar o coração da vida.
Quero acertar o coração da vida.
Quero tentar, sabe lá o que, com você. Tentar isso cujo nome também ignoro, mas que deixa meu coração pulsando e minha esperança florida.
Acho que te amo.
Acho, não: com certeza eu te amo.
Mas talvez não compreenda o significado profundo da experiência amorosa que parece continuar oculto, indecifrável, submerso, por debaixo de nossos encontros, de nossa troca de olhares, de nosso convívio.
Continuo te olhando, e te amando.
Mas um dia espero entender tudo isso.
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